Este trabalho teve por objetivo acompanhar e analisar as interações inter e intra-especÃficas de beija-flores e como estas interações mudaram ao longo do ano. O estudo foi realizado em um remanescente de floresta no municÃpio de Piraquara, Paraná. Beija-flores foram filmados mensalmente entre março de 2008 e abril de 2009. Foi possÃvel identificar indivÃduos focais, medir intervalos de tempo durante o qual o indivÃduo focal ficou no bebedouro e anotar o momento e a espécie envolvida em uma interação. A espécie mais comum foi Leucochloris albicollis que foi observado em 2.300 visitas, seguido por Colibri serrirostris, Amazilia versicolor, Florisuga fusca e Thalurania glaucopis. Há variações entre as espécies no tempo de exploração do recurso: L. albicollis tende a ficar 21s em cada visita, em contraste com F. fusca que tende a ficar somente 7s. As conseqüências destas interações complexas podem estruturar a comunidade com uma hierarquia flutuante, que varia ao longo do ano.