No presente artigo o autor se propõe a encontrar alguns motivos que expliquem o fato de que uma pratica habitual do campo do conhecimento, qual seja a interdisciplinaridade, tenha-se convertido em problema relevante, ao ponto que pensadores de todo o mundo e instituições internacionais investem tempo e dinheiro para justificar o que parece não necessitar de justificações. As respostas conduzem a duas respostas principais: de um lado, a tendência a “profissionalizar†o conhecimento e definir “âmbitos de poderâ€; do outro verifica-se que a própria concepção “conhecimentoâ€desenvolvida por nossa “civilizaçãoâ€conduziu a uma visão fragmentada e inerte do “realâ€, visão que contamina todas as práticas culturais, incluÃdas as que tem a ver com a educação, o que provavelmente contribui a explicar o desinteresse das gerações atuais. Este artigo sintetiza e atualiza idéias que originalmente foram desenvolvidas pelo autor num seminário sobre interdisciplinaridade no Núcleo de Altos Estudos Amazônicos da Universidade Federal do Pará em meados da década de 90.