Usando uma abordagem baseada em lógicas concorrentes (adequação com base em identidade e normas contra consequências esperadas racionalmente calculadas) desenvolvida por March e Olsen (1998), este trabalho examina as motivações brasileiras para participar de operações de paz e como estas mudaram nos últimos anos. Após a apresentação de suas bases teóricas, o trabalho revisa os documentos da mais alta ordem da polÃtica brasileira sobre a polÃtica externa e de segurança, apresentados com o objetivo de ilustrar suas deficiências em servir como base para a ação consistente na área, inter alia, das operações de paz. O estudo prossegue ilustrando como estas vagas bases se traduziram, no passado, na polÃtica do paÃs relacionada com as operações de paz. É aplicada a abordagem teórica à s tensões que a polÃtica externa do Brasil tem experimentado durante a sua ascensão como potência emergente. Finalmente, há breve discussão sobre o modelo de construção da paz que o paÃs instituiu no Haiti, que tem obtido melhor desempenho frente aos problemas e à s fraquezas que assolam o processo polÃtico local.
Using the theory of competing logics (identity- and norm-based appropriateness and rationally calculated expected consequences) developed by March and Olsen, this paper examines Brazilian motivation for participation in peace operations and how they have changed in recent years. Following the presentation of its theoretical basis, the paper reviews highest-order Brazilian policy documents on foreign and security policy, which are presented with a view to illustrating their incapacity to serve as bases for consistent action in the area, inter alia, of peace operations. It proceeds by illustrating how these vague bases have been translated into past peacekeeping policy. It applies the theoretical approach to the tensions the country’s foreign policy has experienced as it has risen as an emerging power. Finally, there is brief discussion of the peacebuilding model the country has instituted in Haiti, which has outperformed the problems and weaknesses plaguing the political process. The paper closes by offering suggestions for the clarification of Brazilian objectives with regard to peace operations with an eye to the formulation of the country’s first Defence White Paper in 2011.