O propósito desta pesquisa é analisar o uso de termos
cognitivos pela Imunologia. Pretendemos discutir a legitimidade
desta interface que observamos existir de fato,
verificando se a utilização destes termos em Imunologia
é acompanhada pela admissão de propriedades cognitivas
no Sistema Imune. Foi aplicado um questionário aos professores/
pesquisadores do Departamento de Imunologia da
UFF. Com tais dados, discutimos a noção de cognição com
que os professores/pesquisadores trabalham, identificando
cinco posições quanto à proposta de interface. Uma posição
nega uma interface de direito, enquanto duas posições
intermediárias são contraditórias, sendo difÃcil apreender
uma posição definida, e duas posições dialogam com a problemática
cognitiva. Propomos uma discussão acerca do
posicionamento dos profissionais, considerando os modelos
teóricos a partir dos quais as noções cognitivas empregadas
por eles adquirem especificidade.
This research aims at studying the use of cognitive terms
by Immunology. Its intention is to discuss the legitimacy
of this interface observed to exist in fact, verifying whether
the use of these terms in Immunology is accompanied
by the acknowledgement of the cognitive properties of the
Immune System. UFF Immunology Department Professors/
researchers were asked to answer a survey. The content
of their responses was analyzed regarding the use of the
term cognition, and five positions concerning the interface
Psychology/Biology were identified. One position denies
an interface; two intermediate positions are contradictory,
and two positions dialog with the cognitive problematic. The
professors’/researchers’ positions are discussed considering
the theoretical models from which the cognitive terms
they use are drawn.