As interfaces educação popular e EJA: exigências de formação para a prática com esses grupos sociais

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ISSN: 0101465X
Editor Chefe: Nadja Hermann
Início Publicação: 31/03/1978
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Educação

As interfaces educação popular e EJA: exigências de formação para a prática com esses grupos sociais

Ano: 2010 | Volume: 33 | Número: 2
Autores: Inês Barbosa de Oliveira
Autor Correspondente: Inês Barbosa de Oliveira | [email protected]

Palavras-chave: educação popular, educação de jovens e adultos, educação e emancipação

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Educação popular e educação de jovens e adultos são temas que, para leigos e/ou desatentos, podem
parecer idênticos. Grosso modo, a argumentação é a de que o público-alvo é o mesmo e a responsabilidade
de quem se dedica a essas modalidades educativas seria, sobretudo, a de reduzir o “drama” das populações
desfavorecidas que não puderam frequentar a escola no tempo certo. Essa quase imediata identificação entre a
educação popular, a EJA e os processos sociais de exclusão não ocorre por acaso. No entanto, para educadores
que se ocupam dessas modalidades, em que pese o fato de elas se assemelharem, inclusive em suas trajetórias
históricas, não se trata do mesmo tipo de prática educativa e nem, necessariamente do “mesmo” público.
O que as une é sua origem e o fato de serem, ambas, tema secundário em relação aos interesses políticoeducativos
efetivamente abraçados pelos sucessivos governos do país. A identificação de problemas concretos,
de origem epistemológica, política e social das propostas e práticas pedagógicas ainda não produziu novas
políticas ou um reconhecimento ampliado das mudanças necessárias. Precisamos descobrir e inventar modos
de agir mais próximos e compatíveis com os discursos que somos capazes de produzir, modos de fazer política
e educação – popular, de jovens e adultos ou qualquer outra modalidade – que contribuam para a democracia,
para a horizontalização das relações entre os diferentes grupos sociais, para a emancipação social.



Resumo Inglês:

Popular and youth and adults education are subjects that may look like identical for the casual
audience. In a general way, the arguments are that the target is the same and the responsibility of those who
dedicate themselves to these activities only reduces the drama of unprivileged population that were not able
to attend school at the right age. This almost immediate identification between one and another and the social
exclusion processes does not happen accidentaly. However, for educators who dedicate themselves to these
modalities, despite their similarities, including their own paths, these are not the same kind of practices, neither
the same people.
What binds them is their origins and the fact that they are both secondary themes of political-educational
interests in all of the last brazilian governments. The identification of concrete problems, epistemological,
political and social in the pedagogical propositions and practices, still has not produced new government
policies neither the recognition of the necessary changes. We still have to discover and create new acting ways
closer and more compatible to our discourses and new ways to make policies and education that will contribute
for democracy, horizontalization of relationships between different social groups and social emancipation.