O artigo estuda as intervenções cidadãs na autobiografia de Nelson Mandela (1918-2013), com destaque para seu conhecimento comunitário e local da África do Sul primando pela política dos direitos humanos, em especial por uma cultura de direitos coletivos. Para isso utiliza-se a metodologia da hermenêutica (THOMPSON, 2000) associada a análise de conteúdo (KRIPPENDORFF, 1990), focando nos conceitos de direitos à comunicação (PERUZZO, 2009) e direitos humanos (GALLARDO, 2014; BOBBIO, 2004; MARSHALL, 1967). Nas considerações, observa-se a habilidade gerencial e afetiva do político-ativista em mediar, reivindicando, a partir da experiência política e cultural, direitos humanos; tão distantes no período do apartheid sul-africano.