A via radial é um acesso seguro para procedimentos
percutâneos e reduz as complicações vasculares
locais. Neste estudo comparou-se a evolução hospitalar de
pacientes com infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento
do segmento ST (IAMCSST) submetidos a intervenção
coronária percutânea primária (ICPp) por via radial vs.
via femoral. Métodos: Estudo de coorte prospectivo com
pacientes consecutivamente atendidos entre dezembro de
2009 e maio de 2011. Resultados: Foram incluÃdos 794
pacientes, 82 (10,3%) tratados por via radial e 712 (89,7%),
por via femoral. Pacientes do grupo radial eram mais jovens
(56,2 + 10,7 anos vs. 61,2 + 11,9 anos; P < 0,01), mais
frequentemente do sexo masculino (78% vs. 68%; P = 0,06),
com menor prevalência de diabetes (9,8% vs. 20%; P = 0,02)
e maior fração de ejeção do ventrÃculo esquerdo (61,2 +
11,8% vs. 55,5 + 12,1%; P = 0,05). Não houve diferença
em relação à maior parte das caracterÃsticas angiográficas.
Tromboaspiração (44% vs. 31%; P = 0,01) e administração
de glicoproteÃna IIb/IIIa (41% vs. 26%; P = 0,004) foram mais
utilizadas no grupo radial. O fluxo TIMI 3 final (93% vs.
88%; P = 0,47) e o blush miocárdico 3 (70% vs. 66%;
P = 0,87) foram semelhantes entre os grupos. Não foram
observadas diferenças em relação a óbito (7,5% vs. 8,4%;
P = 0,78), reinfarto (4,9% vs. 4,4%; P = 0,77), revascularização
de urgência (3,7% vs. 4,1%; P > 0,99), trombose
do stent (2,4% vs. 3%; P > 0,99), sangramento maior (0 vs.
1,6%; P = 0,61) ou sangramento menor (5,3% vs. 7,3%;
P = 0,81). Conclusões: A abordagem transradial mostrou-se
segura e efetiva, com resultados semelhantes aos da abordagem
transfemoral em pacientes com IAMCSST.
Radial access is a safe approach for percutaneous
procedures and reduces local vascular complications.
This study compared the hospital outcomes of patients with
ST-elevation acute myocardial infarction (STEMI) submitted
to primary percutaneous coronary intervention (pPCI) using
the radial vs. femoral approaches. Methods: Prospective
cohort study with consecutive patients treated between
December 2009 and May 2011. Results: Seven hundred
and ninety-four patients were included, 82 (10.3%) treated
by radial access and 712 (89.7%) treated by femoral access.
Radial access patients were younger (56.2 + 10,7 years vs.
61,2 + 11,9 years; P < 0.01), more often male (78% vs. 68%;
P = 0.06), had a lower prevalence of diabetes (9.8% vs.
20%; P = 0.02) and higher left ventricle ejection fraction
(61.2 + 11.8% vs. 55.5 + 12.1%; P = 0.05). There was no
difference for most angiographic characteristics. Thromboaspiration
(44% vs. 31%; P = 0.01) and glycoprotein IIb/IIIa
administration (41% vs. 26%; P = 0.004) were used more
often in the radial group. The final TIMI 3 flow (93% vs.
88%; P = 0.47) and myocardial blush grade 3 (70% vs. 66%;
P = 0.87) were similar between groups. There were no
differences for death (7.5% vs. 8.4%; P = 0.78), reinfarction
(4.9% vs. 4.4%; P = 0.77), emergency revascularization
(3.7% vs. 4.1%; P > 0.99), stent thrombosis (2.4% vs. 3%;
P > 0.99), major bleeding (0 vs. 1.6%; P = 0.61) or minor
bleeding (5.3% vs. 7.3%; P = 0.81) rates. Conclusions: The
transradial approach has proven to be safe and effective with
similar results to transfemoral approach in patients with STEMI.