O cobre (Cu) é um microelemento essencial aos mamÃferos, entretanto, quando ingerido em altas
quantidades, num perÃodo curto ou prolongado, pode provocar uma intoxicação severa. A habilidade de acumular Cu nos tecidos varia de acordo com as espécies e com as raças dentro da própria espécie, dentre as espécies acometidas, destacam-se a ovina, e em menor escala, canina, suÃna e bovina. A intoxicação aguda em ovinos é pouco frequente e pode ser decorrente da ingestão oral ou da administração parenteral de cobre. A intoxicação crônica é a principal forma de ocorrência desta enfermidade nesta espécie. A maioria dos ovinos acometidos é proveniente de manejo intensivo, os quais recebem dietas ricas em concentrados energéticos, e a ocorrência mais comum se dá quando estes animais ingerem misturas minerais destinadas a bovinos. A forma crônica caracteriza-se por três fases distintas: pré-hemolÃtica, hemolÃtica e pós-hemolÃtica. O resultado, tanto da forma crônica, como da aguda será a hemólise intravascular. O diagnóstico é realizado por meio do histórico, exame clÃnico e laboratorial e achados de necropsia. Entre os sinais clÃnicos destacam-se a icterÃcia e a hemoglobinúria. A terapia pode ser eficiente se for iniciada precocemente no decorrer do 1º ao 2º dia após o inÃcio da hemoglobinúria, sendo utilizado antÃdoto especÃfico à base de tetratiomolibdato (TTM). O controle em rebanhos ovinos deve ser feito com rÃgidas medidas dietéticas, evitandose oferecer rações concentradas em concomitância com sais minerais que contenham altos teores de cobre.