O trabalho analisa a institucionalização do esporte náutico, na cidade do Rio de Janeiro, como prática social burguesa, excludente e hierarquizadora, que se desenvolve juntamente com os modelos higienistas e a crença no aprimoramento da raça, na virada para o século XX. Refletindo as transformações estruturais pelas quais passava o paÃs, a espetacularização das regatas ofereceu aos setores da elite carioca a possibilidade de externarem suas visões de mundo, veiculando comportamentos considerados mais adequados para os habitantes da Capital Federal. Desse modo, trazendo no seu bojo os conceitos de civilidade, modernidade e progresso, o remo se impôs como signo de distinção social, inventado para forjar a identidade social de diversos grupos da elite urbana emergente.