Emiliano Van Conc’elos era um ser humano policrônico, mas não tinha conhecimento desta sua qualidade ou defeito, embora, às vezes, tivesse realizado tarefas de maneira monocrônica. Repartido em sua própria personalidade, Emiliano procurava aprender sempre alguma coisa no seu dia a dia mais comum. Por outro lado, começava a perceber que todos os dias são triviais e, essencialmente, comuns. Evidentemente que fora do seu mundo aconteciam revoluções, fome, intrigas, perfídias e amor. Entendia que tais coisas estão expostas para todos que as desejam, no entanto, deu-se conta de que os eventos são indiferentes às pessoas e que estas são as mais tolas possíveis por não olharem o mundo circunvizinho, pois alhures existem coisas maiores ainda.