Investigação qualitativa da biodegradação de corantes têxteis do tipo azo utilizando células de batata doce (Ipomoea batatas) como fonte de biocatalisador

Revista Sítio Novo

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ISSN: 2594-7036
Editor Chefe: Kallyana Moraes Carvalho Dominices
Início Publicação: 19/10/2017
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Multidisciplinar

Investigação qualitativa da biodegradação de corantes têxteis do tipo azo utilizando células de batata doce (Ipomoea batatas) como fonte de biocatalisador

Ano: 2020 | Volume: 4 | Número: 2
Autores: Maria Lair Sabóia de Oliveira Lima, Paloma dos Santos Alceu, Caroline da Costa Silva Gonçalves
Autor Correspondente: Maria Lair Sabóia de Oliveira Lima | [email protected]

Palavras-chave: Biodegradação. Células vegetais. Corantes têxteis. Ipomoea batatas.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Nas últimas décadas, os preceitos da Química Verde têm se apresentado de modo cada vez mais incisivo. Isto tem despertado o interesse e a preocupação ambiental da população. Em contrapartida, as indústrias têxteis se destacam pela geração de um grande volume de efluentes com alto potencial poluidor. Os efluentes têxteis são altamente coloridos graças à presença de corantes, como os compostos azo conjugados, utilizados no tingimento das fibras. Devido a sua persistência no ambiente, esses compostos são caracterizados como recalcitrantes. Assim, é importante elaborar novas metodologias capazes de contribuir na erradicação desses resíduos, atrelando-as à eficiência e ao baixo valor agregado. Neste contexto, este trabalho apresenta um estudo da biodegradação de corantes têxteis do tipo azo utilizando células vegetais. Para tanto, 6 vegetais (batata doce, batata inglesa, inhame, aipim, alho e pepino japonês) foram avaliados com o teste do guaiacol para detecção da presença de peroxidases (enzimas importantes no processo de degradação de corantes azo conjugados). Entre as espécies vegetais analisadas, a batata doce mostrou a maior atividade de peroxidases, sendo selecionada para os ensaios de biodegradação. Foram avaliados corantes azo com (alaranjado de metila e alaranjado G) e sem (vermelho de metila) grupos sulfatos em sua estrutura em duas diferentes concentrações de suspensão celular. Foi observado que apenas o vermelho de metila foi biodegradado, o que demonstra a especificidade das enzimas envolvidas.



Resumo Inglês:

In recent decades, the precepts of Green Chemistry have been presented in an increasingly incisive way. This has aroused the interest and environmental concern of the population. On the other hand, the textile industries stand out for the generation of a large volume of effluents with high polluting potential. Textile effluents are highly colored thanks to the presence of dyes, such as azo conjugate compounds, used in fiber dyeing. Due to their persistence in the environment, these compounds are characterized as recalcitrant. Thus, it is important to develop new methodologies capable of contributing to the eradication of these wastes, linking them to efficiency and low added value. In this context, this work presents a study of the biodegradation of azo textile dyes using plant cells. To this end, 6 vegetables (sweet potato, potato, yam, manioc, garlic and japanese cucumber) were evaluated with the guaiacol test for the presence of peroxidases (important enzymes in the degradation process of conjugated azo dyes). Among the analyzed vegetable species, sweet potato showed the highest peroxidase activity, being selected for biodegradation assays. Azo dyes were evaluated with (methyl orange and orange G) and without (methyl red) sulfate groups in their structure at two different cell suspension concentrations. It was observed that only methyl red was biodegraded, which demonstrates the specificity of the enzymes involved.