A investigação em psicologia tem sido pouco sensÃvel a questões de justiça social, e direitos humanos. Também não se tem preocupado com o rigor das palavras – mas sim com o dos números – nem com o impacto produzido nos participantes dos estudos, à excepção da atenção vital aos aspectos éticos. Em simultâneo, tem buscado tão intensamente uma abordagem à objectividade, que ainda que os estudos qualitativos se centrem no respeito pela subjectividade, estão em minoria nas publicações cientificas e são menos reconhecidos pela comunidade cientifica. Por isso, este texto defende uma perspectiva transformadora e apreciativa à investigação, servindo-se da psicologia positiva para exemplificar a relevância atribuÃda neste momento a uma reflexão crÃtica e alternativa sobre os modelos de investigação, enfatizando neles o valor da subjectividade, da fenomenologia sistemática e da necessidade de processos de pesquisa com maior consciência e mais intervenção sobre a condição social e psicológica do Ser Humano.