Esta pesquisa teve por objetivo investigar se os investimentos em ações de responsabilidade social variam de acordo com setor econômico das empresas que os realizam. Para tanto, foram abordadas algumas iniciativas surgidas no Brasil com o propósito de apoiar e disseminar o movimento pela responsabilidade social: o balanço social do IBASE, a ABNT NBR 16001, o ISE BOVESPA, a NBC T 15, bem como a Lei nº 11.638 de 2007. A partir do referencial teórico e no intuito de esclarecer a questão proposta foram analisados de forma quantitativa os investimentos realizados ao longo de 10 anos em educação, saúde, cultura, alimentação, combate à fome e segurança alimentar e aqueles em ações de responsabilidade social rotuladas como “outros”, ou seja, ações que não foram discriminadas pelas empresas. A amostra contemplou os investimentos de 42 empresas que publicam regularmente seus balanços sociais, segregando-se em: 10 organizações do setor bancário, 29 do setor energético, 02 do setor siderúrgico e 01 do setor petrolífero. Os resultados mostraram que as empresas do setor siderúrgico tenderam a realizar investimentos na faixa dos R$ 10 milhões, preferencialmente em atividades educacionais e de saúde e saneamento. Já os setores bancário e petrolífero privilegiaram as ações culturais e educacionais com recursos acima de R$ 100 milhões. E as empresas do setor energético foram as únicas que realizaram investimentos em todas as faixas. De modo geral, esses resultados sugerem que há uma relação entre o perfil de investimentos em ações de responsabilidade social e o setor econômico.