IOGUES INDIANOS NAS FRONTEIRAS DO CONHECÍVEL: PERFORMANCE E DISSIDÊNCIA ENTRE SIDDHAS HINDUS

Ciências Sociais e Religião

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ISSN: 19822650
Editor Chefe: Daniel Alves
Início Publicação: 31/10/1999
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Antropologia

IOGUES INDIANOS NAS FRONTEIRAS DO CONHECÍVEL: PERFORMANCE E DISSIDÊNCIA ENTRE SIDDHAS HINDUS

Ano: 2010 | Volume: 12 | Número: 12
Autores: Lena Tosta
Autor Correspondente: Lena Tosta | [email protected]

Palavras-chave: ascetismo indiano, política do conhecimento, performance dissidente, siddhas entre n?, g?, s?, dhus

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Uma lei debatida no congresso indiano por ocasião da emergência do
Estado-nação, cuja intenção era expurgar elementos ambíguos entre renunciantes,
inspira um debate inicial a respeito de discursos e procedimentos de registro e
controle da instituição da renúncia na Índia. Este artigo argumenta que o ascetismo
“não-domesticado” sofreu encapsulamento político-conceitual ao longo de
situações históricas diversas, mas continua a oferecer uma retórica vivida de empoderamento
e emancipação considerada legítima. A partir da análise de modelos
míticos como Shiva e Dattātreya e de sujeitos etnográficos como os praticantes
de austeridades entre nāgā sādhus, propõe-se uma avaliação do conceito de siddha,
iogue que adquiriu poderes criativos. O artigo sugere que a trajetória do asceta
heterodoxo seja vista como empoderadora, de acordo com sua matriz cognitiva
siddha e tântrica, e que a performance “no mundo” do virtuose seja compreendida
como linguagem dissidente.



Resumo Inglês:

A bill moved by the Indian congress at the dawn of the rising Nationstate,
intended to purge the ambiguous elements among renouncers, inspires an
initial debate on discourses and procedures regarding the registration and control
of the institution of renunciation in India. The article argues that “untamed” asceticism
suffered political and conceptual blackboxing throughout diverse historical
situations, though it continues to offer a legitimate lived rhetoric of empowerment
and emancipation. Based on Shiva and Dattātreya as mythical models and on ethnographic
examples among nāgā sādhus who perform austerities, the text explores the
concept of siddha, a yogi who has acquired creative powers. The articles suggests
that the heterodox ascetic’s trajectory be seen as empowering, in accordance to its
siddha and tantric cognitive matrix, and that the virtuoso’s performance “in the
word” be understood as a dissident language in its own right.