Iogues indianos nas fronteiras do conhecível: performance e dissidência entre siddhas hindus

Ciencias Sociales y Religión

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ISSN: 1982-2650
Editor Chefe: Ronaldo de Almeida
Início Publicação: 01/12/1999
Periodicidade: Anual
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Antropologia, Área de Estudo: Ciência política, Área de Estudo: História, Área de Estudo: Sociologia, Área de Estudo: Teologia

Iogues indianos nas fronteiras do conhecível: performance e dissidência entre siddhas hindus

Ano: 2010 | Volume: 12 | Número: 12
Autores: Tosta, Lena
Autor Correspondente: Lena Tosta | [email protected]

Palavras-chave: Ascetismo indio, Política do conhecimento, Performance disidente, Siddhas entre nãgã sãdhus

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Uma lei debatida no congresso indiano por ocasião da emergência do Estado-nação, cuja intenção era expurgar elementos ambíguos entre renunciantes, inspira um debate inicial a respeito de discursos e procedimentos de registro e controle da instituição da renúncia na Índia. Este artigo argumenta que o ascetismo “não-domesticado” sofreu encapsulamento político-conceitual ao longo de situações históricas diversas, mas continua a oferecer uma retórica vivida de empoderamento e emancipação considerada legítima. A partir da análise de modelos míticos como Shiva e Dattātreya e de sujeitos etnográficos como os praticantes de austeridades entre nāgā sādhus, propõe-se uma avaliação do conceito de siddha, iogue que adquiriu poderes criativos. O artigo sugere que a trajetória do asceta heterodoxo seja vista como empoderadora, de acordo com sua matriz cognitiva siddha e tântrica, e que a performance “no mundo” do virtuose seja compreendida como linguagem dissidente.



Resumo Inglês:

A bill moved by the Indian congress at the dawn of the rising Nation-state, intended to purge the ambiguous elements among renouncers, inspires an initial debate on discourses and procedures regarding the registration and control of the institution of renunciation in India. The article argues that “untamed” asceti-cism suffered political and conceptual blackboxing throughout diverse historical situations, though it continues to offer a legitimate lived rhetoric of empowerment and emancipation. Based on Shiva and Dattātreya as mythical models and on ethno-graphic examples among nāgā sādhus who perform austerities, the text explores the concept of siddha, a yogi who has acquired creative powers. The articles suggests that the heterodox ascetic’s trajectory be seen as empowering, in accordance to its siddha and tantric cognitive matrix, and that the virtuoso’s performance “in the word” be understood as a dissident language in its own right.