O artigo aborda as irracionalidades do atual modelo de gestão das universidades. Ele destaca como a busca por mais organização, eficiência e produtividade, muitas vezes baseada em princípios de racionalização, resulta em irracionalidades: individualismo, desumanização, desonestidade, superficialidade, perda de qualidade e aumento do estresse acadêmico. A partir de um diálogo com a literatura sobre a crise da universidade e de reflexões sobre as experiências do autor enquanto acadêmico em países distintos, o artigo explora três tiranias que dominam a academia contemporânea: tempo, métrica e competitividade, e questiona como essas pressões distorcem a essência contestadora, colaborativa e reflexiva da universidade. Por fim, propõe uma análise de contrarracionalidades acadêmicas como formas de resistência que surgem em resposta a esse modelo hegemônico, sugerindo alternativas que questionem o caráter estrutural do problema e estimulem o pensamento crítico.
The article addresses the irrationalities of the current university management model. It highlights how the pursuit of more organization, efficiency, and productivity, often based on rationalization principles, results in irrationalities: individualism, dehumanization, dishonesty, superficiality, loss of quality, and increased academic stress. Through a dialogue with the literature on the university crisis and reflections on the author’s experiences as an academic in different countries, the article explores three tyrannies that dominate contemporary academia: time, metrics, and competitiveness, and questions how these pressures distort the contestatory, collaborative, and reflective essence of the university. Finally, it proposes an analysis of academic counter-rationalities as forms of resistance that arise in response to this hegemonic model, suggesting alternatives that question the structural nature of the problem and stimulate critical thinking.
El artículo aborda las irracionalidades del actual modelo de gestión de las universidades. Destaca cómo la búsqueda de más organización, eficiencia y productividad, a menudo basada en principios de racionalización, resulta en irracionalidades: individualismo, deshumanización, deshonestidad, superficialidad,pérdida de calidad y aumento del estrés académico. A partir de un diálogo con la literatura sobre la crisis de la universidad y reflexiones sobre las experiencias del autor como académico en distintos países, el artículo explora tres tiranías que dominan la academia contemporánea: tiempo, métrica y competitividad, y cuestiona cómo estas presiones distorsionan la esencia contestataria, colaborativa y reflexiva de la universidad. Finalmente, propone un análisis de contrarracionalidades académicas como formas de resistencia que surgen en respuesta a este modelo hegemónico, sugiriendo alternativas que cuestionen el carácter estructural del problema y estimulen el pensamiento crítico.