Da forma como a lepra era percebida na
sociedade brasileira do inÃcio do século
XX, a segregação dos doentes era vista
como o único modo de proteger os
sãos. A polÃtica praticada pela
Inspetoria de Profilaxia da Lepra e das
Doenças Venéreas privilegiava o
isolamento em leprosários. Belisário
Penna, crÃtico à atuação desta
Inspetoria, defendia que a melhor forma
de isolar os doentes seria através da
criação de municÃpios geograficamente
distantes dos centros urbanos. Em
1926, instaurou-se uma polêmica entre
Penna e Eduardo Rabello, ex-chefe da
Inspetoria, sobre esse tema. Essa
polêmica se configurou como parte de
um debate mais geral sobre a melhor
forma de se controlar a lepra, e nos
permite entender as mudanças ocorridas
na década de 1930 acerca das polÃticas
implementadas contra a doença.
Given Brazilian society’s view of leprosy in
the early twentieth century, patient segregation
was considered the only way to protect the
healthy. The policy enforced by the
Inspectorship for the Prevention of Leprosy
and Venereal Diseases deemed isolation in
leprosaria the preferred approach. Belisário
Penna criticized the work of the Inspectorship,
arguing that the best way to isolate patients
would be to create municipalities located a
good distance from urban centers. In 1926,
Penna came head to head over the subject
with Eduardo Rabello, the Inspectorship’s
former chief. Part of a broader debate on the
best way to control leprosy, this controversy
sheds light on the changes to leprosy
policies introduced in the 1930s.