"Isso é ¿Música? O Som Experimental a partir da Apropriação das novas Tecnologias"

Revista Orfeu

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ISSN: 2525-5304
Editor Chefe: Guilherme Antonio Sauerbronn de Barros, Teresa Mateiro
Início Publicação: 01/06/2016
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Artes

"Isso é ¿Música? O Som Experimental a partir da Apropriação das novas Tecnologias"

Ano: 2016 | Volume: 1 | Número: 2
Autores: Andre Lopes Martins
Autor Correspondente: Andre Lopes Martins | [email protected]

Palavras-chave: pesquisa da sonoridade musical contemporânea, novas tecnologias na música, experimentação sonora, improvisação musical

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este artigo traz uma reflexão sobre a experimentação sonora e possíveis paradoxos entre música, som e linguagem na produção artística contemporânea, a partir da apropriação das novas tecnologias digitais. No momento em que um instrumento acústico é acoplado a uma interface capaz de processar seu sinal, temos acesso às potencialidades mais intrínsecas do som. Valendo-se de processos investigativos que podem realizar o intercâmbio de instrumentos acústicos, eletrônicos, computadores móveis, controladores, smartphones, redes de comunicação sem fios, sensores, objetos amplificados, etc., a experimentação a partir de aparatos digitais abriu uma fenda irreversível na fatura sonora, ampliando as possibilidades artísticas; o experimento sonoro, sua criação e difusão, estão cada vez mais próximos da pele, do tato, cada vez mais próximos ao corpo humano. Ao retirarmos os aspectos tradicionais do ritmo, melodia e harmonia, que estão atrelados e se restringem a um certo período da música ocidental, e partirmos para uma escuta intensificada, percebemos a potência que o som representa, com suas nuances expressivas. Assim, a apropriação de novas tecnologias possibilita a criação de um tipo específico de performance e composição ancoradas numa manipulação e escuta mais detalhadas do som, desvinculado de qualquer referencialidade.



Resumo Inglês:

This paper presents a reflection on sound experimentation and possible paradoxes between music, sound and language in contemporary artistic production, from the appropriation of new digital technologies. From the moment that an acoustic instrument is connected to an interface capable of processing its signal, we have access to the intrinsic potentialities of the sound. Combining investigative processes that can perform the exchange of data and/ or signals between the acoustic instruments, electronic devices/circuits, mobile computers, controllers, smartphones, wireless communication networks, sensors, amplified objects, etc., experimentation with mobile digital devices has opened up an irreversible rift in sound making, greatly expanding artistic possibilities. Sound experimentation, its creation and diffusion are increasingly close to the skin, touch, and are increasingly close to the human body itself. By expanding the focus beyond the traditional approaches on rhythm, melody and harmony, which are linked to a certain period of Western music, and engaging on enhanced and deep listening experiences, we realize the potential that sound carries, with all its expressive nuances. Thus, the appropriation of new technologies enables the creation of a specific type of performance and composition anchored in sound manipulation and a more detailed listening experience that may be dissociated from a specific referentiality.