Embora Joaquim Cardozo tivesse sua produção poética reconhecida pelos seus pares, a exemplo do que aconteceu com Drummond – que prefaciou um livro seu – e com João Cabral – que editou outro -, o seu lugar na história literária permanece um tanto esfumado. Modernista tardio e tangencial, o poeta não chega a compor a geração de 45, apesar de ter seu primeiro livro publicado em 1947. Lendo o poema “Luz na galeria”, dedicado a Manuel Bandeira e publicado no livro Mundos paralelos (1970), intenta-se demonstrar como Joaquim Cardozo se inscreve na tradição lírica moderna através do diálogo que estabelece com o outro pernambucano, desde os anos 1920, quando publica seus primeiros poemas, cuja repercussão se estende por toda sua obra. Como apoio à revisão historiográfica, será considerada a correspondência de Manuel Bandeira.
Although Joaquim Cardozo has been recognized by their peers, as happened with Drummond – who prefaced one of his book – and with João Cabral – that edited another-, his place in literary history remains somewhat blur. Late and tangential modernist, the poet does not enough to compose the generation of 45, despite having her first book published in 1947. Reading the poema "Luz na Galeria", dedicated to Manuel Bandeira and published in the book Mundos paralelos (1970), sues itself demonstrate how Joaquim Cardozo ties in modern lyric tradition through the dialogue with that other poet, since the 1920s, when he publishes his first poems, whose impact extends throughout his work. Supporting the historiographical revision, it is considered the letters of Manuel Bandeira.