Uma das metas do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 6 da ONU busca garantir saneamento equitativo para todos até 2030, com foco especial em mulheres e grupos vulneráveis. No entanto, as mulheres que trabalham em fazendas muitas vezes não têm acesso a banheiros adequados, enfrentando problemas de segurança, higiene e privacidade. Esses desafios tornam-se ainda mais críticos diante da Covid-19 e das preocupações com novas superbactérias. Em João 15,1-8, Jesus emprega imagens de vinhedos para descrever o relacionamento entre ele e Deus, o Pai, e, por sua vez, o relacionamento entre os discípulos e ele próprio. Neste artigo, emprego uma estrutura hermenêutica crítica de gênero, informada por preocupações ecofeministas e pela interseccionalidade de gênero, raça e classe, para oferecer uma leitura dessa passagem bíblica no contexto das mulheres negras que trabalham em fazendas no Cabo Ocidental. Pergunto até que ponto essa expectativa de submissão estabelecida por Jesus aos seus discípulos deve ser aceita pelo seu valor nominal, juntamente com o uso de imagens da Terra para implorar essa submissão.