O artigo compara os perfis de carreira dos magistrados integrantes das supremas cortes do Brasil e dos
Estados Unidos ao longo de toda história polÃtica dos dois paÃses. Para tanto, o artigo analisa dados
relativos à experiência profissional e jurÃdica e à circulação em cargos junto aos demais poderes do
Estado, inclusive de natureza eletiva, previamente à investidura no posto de magistrado da Corte Suprema.
Particularmente, esse exame expõe as diferenças e semelhanças quanto aos padrões de profissionalização
dos integrantes dos órgãos de cúpula do poder Judiciário nos dois paÃses, permitindo a discussão sobre os
fundamentos polÃticos desse fenômeno no campo jurÃdico. Em especial, o artigo sugere que perÃodos de
incremento no recrutamento de indivÃduos vinculados a profissões propriamente jurÃdicas ocorrem como
respostas ao fortalecimento de tais tribunais. Ante um novo perÃodo de elevada proeminência destas
instituições, indivÃduos reconhecidamente qualificados na área passam crescentemente a ser alternativas
de legitimação de tais órgãos, seja em contextos de competição, seja em contextos de hegemonia polÃtica
de determinados grupos