O ensaio procura delinear as origens e caracterÃsticas do cânone valorativo
que vem dominando a reflexão ocidental sobre a arte desde o final do século XVIII.
Sem embarcar em disputas de valor, procura-se pensar a arte como um factum
objetual-conceitual que molda comunidades mediante o reforço de padrões
judicativos que determinam padrões de comportamento relativamente definidos.
Analisam-se, daÃ, as consequências práticas dos padrões de juÃzo estimulados pelos
conceitos que definiram a arte na Modernidade, originando, em seu processo de
institucionalização, um ethos particular. Entre conceitos, práticas e hábitos, quer-se
localizar as razões pelas quais a “Grande Arte†se colocou, nos últimos dois séculos,
à margem das trocas sociais rotineiras.