Neste artigo buscamos refletir sobre a relação entre a construção
da categoria semântica “juventude†e o processo histórico da constituição da
modernidade ocidental. Partimos do princÃpio de que a ideia de juventude, em
sua convergência com os ideais de renovação, ruptura e movimento, traduz-se
como categoria-chave para a modernidade, constituindo-se em valor positivo
e em um espÃrito do tempo. No entanto, o jovem como sujeito objetivado, ou
seja, a partir do recorte da faixa etária, só se consolida em cena efetivamente a
partir de meados do século XX, quando o contexto sociocultural permitirá que
a confluência entre juventude, consumo e mÃdia se traduza na possibilidade
de configuração e reconfiguração das identidades (como discursos produtores
de sentidos) a partir da construção de múltiplos estilos de vida. Por fim,
objetivamos mostrar que alguns eixos dos estilos de vida jovens construÃdos
pós-50 – em especial, renovação, hedonismo e relação com o consumo – se
legitimam, na modernidade tardia, como novo espÃrito do tempo, agora
celebrado como estilo de vida coletivo, levando a uma busca por não envelhecer
e manter-se jovem, independentemente da faixa etária em que se vive.
In this article, we aim to reflect over the relationship between the
semantic category “youth†and the historical constitution process of the western
modernity. We take as premise the idea of youth, within its convergence with the
concepts of renovation, rupture, movement, turns out to be a key-category to the
modernity, constituting itself as a positive value and a spirit of time. However,
the youth as objectified subjects, it means, based on age range perspective,
was only consolidated from mid- 20th century, when the socio-cultural context
will allow the confluence of youth, consumption and media and to translate
them to identities configuration and reconfiguration possibilities (as sense
producer discourses) from the construction of multiplies life styles. Finally, we
aim to show that some youth constructed life styles after the fifty’s- in special
renovation, hedonism and the relation with the consumption - are legitimated
in the late modernity, as the new spirit of time, now celebrated as a collective
life style, leading to a search for not aging and maintaining the youth,
independently of the age range your are living.
En este artÃculo, buscamos una reflexión sobre la relación entre
la construcción de la categorÃa semántica “juventud†y el proceso histórico
de la constitución de la modernidad occidental. Partimos del principio de
que la idea de juventud, en su convergencia con los ideales de renovación,
ruptura y movimiento, se traduce como categorÃa clave para la modernidad,
constituyéndose en valor positivo y en un espÃritu del tiempo. Entre tanto, el
joven como sujeto objeto, o sea, a partir de la edad, solamente entra en escena a
partir de meados del siglo XX, cuando el contexto socio-cultural permitirá que la
confluência entre juventud, consumo y medios se traduzca en la posibilidad de
configuración y reconfiguración de las identidades (como discursos productores
de sentidos) a partir de la construcción de múltiplos estilos de vida. Por fin,
objetivamos mostrar que algunos ejes de los estilos de vida jóvenes construidos
pos-50 - en especial, renovación, hedonismo y relación con el consumo – se
legitiman, en la modernidad tardÃa, como un nuevo espÃritu del tiempo, ahora
celebrando como estilo de vida colectiva, llevando a una búsqueda por no
envejecer y mantenerse joven, independiente de la edad en la cual se vive.