Com base na análise das formas pelas quais o território é concebido e utilizado durante as caçadas em um povo tupi-guarani da Amazônia oriental, os Awá-Guajá, o presente artigo propõe uma primeira análise sobre a concepção de território e mobilidade territorial neste povo. Apresento as noções de harakwá e watá, argumentando que as ações envolvidas na floresta, expressas sobretudo pelas ideias de “andar” e “caçar”, são centrais para o entendimento da territorialidade awá-guajá.