Kant, Foucault e a antropologia pragmática

Kant e-prints

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ISSN: 1677-163X
Editor Chefe: Daniel Omar Perez
Início Publicação: 01/01/2002
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Ciências Humanas

Kant, Foucault e a antropologia pragmática

Ano: 2011 | Volume: 6 | Número: 2
Autores: D. Sardinha
Autor Correspondente: D. Sardinha | [email protected]

Palavras-chave: Kant, Heidegger, Sartre, Foucault, anthropology.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Neste texto analisamosa leitura que Foucault fez da antropologia kantiana no seu conjunto, isto é, para além da Antropologia de um ponto de vista pragmático(1798). As três teses foucaultianas mais importantes são, primeiro, a da fidelidade deste livro à obra crítica que o precedeu; segundo, a da necessidade de ler a Introdução da Lógicae o Opus postumumpara penetrar aspetos essenciais da antropologia de Kant; terceiro, a da importância de retomar um certo gesto crítico (que Foucault identifica com Nietzsche), para desmistificar as pretensões do discurso antropológico pós-kantiano. Neste percurso, torna-se nítido o modo como Foucault se distingue tanto de Heidegger quanto de Sartre: se se opõe a este por via do anti-humanismo teórico, também se diferencia de Heidegger pela forma como se serve do Opus postumum, que Heidegger praticamente ignorou.



Resumo Inglês:

In this article weaddress Foucault’s interpretation of Kant’s anthropology asa whole, i.e. beyond Anthropology from a Pragmatic Point of View(1798).I expose Foucault’s three most important thesis, which concern firstly the faithfulness of this book to the critical work that preceded it; secondly, the need of reading the Introduction to the Logicand the Opus postumumin order to draw crucial aspects of Kant’s anthropology; and thirdly, the importance of reviving a critical gesture (which he identifies with Nietzsche), so as to demystify the pretensions of the post-kantian anthropological discourse. This way the difference between Foucault and Heidegger on the one side, and Foucault and Sartre on the other side, becomes clear: against the latter he adopts an anti-humanist perspective, and unlike the former he uses the Opus postumum(which for historical reasons Heidegger almost ignored) to distinguish false anthropology from Kant’s anthropology.