O distanciamento social causado pela pandemia da COVID-19 ensejou mudanças signifi cativas na logística do relacionamento entre os indivíduos. Objetivando evitar a contaminação e o alastramento do vírus na comunidade, adotou-se uma série de medidas profi lática a fi m de manutenir a saúde pessoal e comunitária. Esta situação infl uenciou diversos relacionamentos: familiar, profi ssional e eclesial, que passaram a ser desenvolvidos com maior regularidade por meio das mídias virtuais. Este artigo, valendo-se de fontes bibliográfi cas como metodologia, estudou o impacto desta nova economia relacional, analisando até que ponto haveria legitimidade de uma prática comunitária cristã eminentemente virtual, trazendo à baila a noção antropológica do corpo humano como componente fundamental para o desenvolvimento relacional saudável, no seio da Igreja cristã. Após analisar os mecanismos de interação social instrumentalizados pela Internet, concluiu-se que tais logísticas não cumprem efi cazmente com os propósitos comunitários cristãos, exceto em estado de necessidade, como o vivenciando hodiernamente, pois o corpo é fundamental para a ocorrência de uma comunhão plena.
The social distance caused by the COVID-19 pandemic, led to signifi cant changes in the logistics of the relationship between individuals, aiming to avoid contamination and the spread of the virus in the community. Thus, a series of prophylactic measures were adopted in order to maintain personal and community health. This context infl uenced several relationships: family, professional and ecclesial, which started to be developed commonly through virtual media. This article, using bibliographic theoretical capital as a methodology, studied the impact of this new relational economy, analyzing the legitimacy of an virtual community practice, bringing up the anthropological notion of the human body as a fundamental component for relational development, especially within the Christian community. After analyzing the mechanisms of social interaction exploited by the Internet, it was concluded that such logistics do not effectively fulfi ll Christian community purposes, except in times of exception, such as experiencing it today, because the body is fundamental for the occurrence of communion.