Língua, colonização e resistência: uma discussão sobre os usos da linguagem.

Espacialidades

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ISSN: ISSN: 1984-817X
Editor Chefe: Lígio José de Oliveira Maia
Início Publicação: 30/11/2008
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: História

Língua, colonização e resistência: uma discussão sobre os usos da linguagem.

Ano: 2020 | Volume: 16 | Número: 1
Autores: C. R. Elias
Autor Correspondente: C. R. Elias | [email protected]

Palavras-chave: resistência; línguas africanas; colonização; Companhia de Jesus

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este trabalho tem como objetivo refletir sobre as formas de dominação através da linguagem para a disseminação de modos de ser e pensar aos povos da África e do território que viria a se tornar o Brasil. Nesse movimento, necessitamos também compreender as permanências e imposições desses grupos e suas possibilidades de articulação nesse contexto, que acabou por gerar uma linguagem própria, o português brasileiro. Para entender como se deu a comunicação nesse cenário, consideramos o papel da Companhia de Jesus para a estruturação da exploração colonial e as estratégias estabelecidas pelos grupos submetidos, a partir do pressuposto de que, dada a sua diversidade, uma delas foi a criação de novas linguagens, que disputavam com o português. Assim, era possível a resistência também através da fala, que nascia a partir das línguas africanas, de um mesmo tronco linguístico, formuladas e reformuladas na dinâmica social.



Resumo Inglês:

This work aims to reflect on the forms of domination through language for the dissemination of ways of being and thinking to the peoples of Africa and the territory that would become Brazil. In this movement, we also need to understand the permanences and impositions of these groups and their possibilities of articulation in this context, which ended up generating a language of its own, Brazilian Portuguese. To understand how communication took place in this scenario, we considered the role of the Society of Jesus in structuring colonial exploration and the strategies established by the groups submitted, based on the assumption that, given their diversity, one of them was the creation of new languages, which disputed with Portuguese. Thus, resistance was also possible through speech, which was born from the African languages, of the same linguistic trunk, formulated and reformulated in the social dynamics.