Línguas indígenas de sinais : pesquisas no Brasil

LIAMES

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ISSN: 2177-7160
Editor Chefe: Angel Corbera Mori
Início Publicação: 01/01/2001
Periodicidade: Anual
Área de Estudo: Linguística, Letras e Artes, Área de Estudo: Linguística

Línguas indígenas de sinais : pesquisas no Brasil

Ano: 2022 | Volume: 22 | Número: Não se aplica
Autores: Soares, Priscilla Alyne Sumaio, Fargetti, Cristina Martins
Autor Correspondente: Priscilla Alyne Sumaio Soares | [email protected]

Palavras-chave: Línguas indígenas de sinais, Línguas brasileiras, Educação de surdos

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Apresentamos um levantamento de línguas (ou possíveis línguas) indígenas de sinais encontradas hoje em uso no Brasil. É sabido que, além da Libras, o Brasil possui pelo menos duas línguas indígenas de sinais, que já puderam ser minimamente analisadas em suas estruturas: a língua de sinais Ka'apor (Kakumasu 1968; Ferreira-Brito 1984) e a língua terena de sinais (Sumaio 2014; Fargetti, Soares 2016; Soares 2018). Neste trabalho, não utilizamos o termo “língua emergente”, mas dividimos nossa classificação em: “línguas de sinais” e “possíveis” línguas de sinais. Esta classificação as respeita enquanto sistemas linguísticos, não importando a situação em que estejam. Sobre as “possíveis” línguas que estão sendo estudadas, citamos neste artigo: sinais dos Sateré-Mawé, sinais Guarani, sinais Kaingang da aldeia (SKA), os sinais Paiter-Suruí, os sinais dos Akwe-Xerente, línguas de sinais dos surdos pataxó do sul da Bahia, sinais usados por alunos moradores de zonas periféricas de Belém (região amazônica) e Ororubá. Além disso, queremos ressaltar que esses indígenas surdos devem ter seus direitos linguísticos e educacionais garantidos, e que já existem pesquisas sendo produzidas sobre essa temática.



Resumo Inglês:

We present a survey of indigenous sign languages (or possible languages) found today in use in Brazil. It is known that in addition to Libras, Brazil has at least two indigenous sign languages that could be minimally analyzed in its structure: the Ka'apor sign language (Kakumasu 1968; Ferreira-Brito 1984) and the Terena sign language (Sumaio 2014; Fargetti, Soares 2016; Soares 2018). In this work, we do not adopt the concept of emerging language but we adopt our classification in: sign languages and possible sign languages. This classification respects them as linguistic systems, no matter the situation they are in. About the “possible” languages that are being studied, we quote in this article: signs of the Sateré-Mawé, Guarani signs, Kaingang signs of the village (SKA), the Paiter-Suruí signs, the signs of the Akwe-Xerente, sign languages of the deaf Pataxó from the south of Bahia, signs used by students living in peripheral areas of Belém (Amazon region) and Ororubá. In addition, we want to emphasize that these deaf Indians must have their linguistic and educational rights guaranteed, and that research is already being produced on this theme.