Em relação ao tema universidade e ditadura, temos constatado que a literatura existente não tem prestado suficiente atenção à figura dos reitores, pessoas chave na compreensão da participação civil na última ditadura em toda a sua complexidade. Neste artigo, procuramos preencher este vazio historiográfico analisando trajetórias e atitudes de alguns reitores civis dos 26 estabelecimentos de ensino e sua relação com as políticas universitárias definidas pelos ministros de educação da nação. Em oposição às representações do senso comum, que acredita que, durante os anos “escuros” da ditadura as diferentes universidades estiveram “ocupadas” pelas forças de segurança, militares ou por pessoas alheias à vida universitária, afirmaremos que os reitores eram egressos dessas mesmas universidades e/ou eram professores e pesquisadores sempre posicionados no lado ideológico da direita conservadora. Com relação às atitudes dos reitores, foram heterogéneas e variaram no tempo, cobrindo um amplo leque que exibiu, desde a total coincidência com as políticas do regime até as críticas públicas das suas decisões – ainda que nos padrões do consenso geral acerca da necessidade de uma depuração radical dos segmentos docente e discente.
En relación al tema de universidad y dictadura, hemos constatado que la bibliografía existente aún no le ha prestado suficiente atención a la figura de los rectores, personas claves para considerar la participación civil durante la última dictadura en toda su complejidad. En el presente artículo buscamos llenar este vacío historiográfico analizando trayectorias y actitudes de algunos rectores civiles de las 26 casas de estudio en relación a las políticas universitarias diseñadas por los ministros de educación de la nación. Frente a una imagen de sentido común que cree que durante los años “oscuros” las diferentes universidades estuvieron “ocupadas” por las fuerzas de seguridad, militares o por personas ajenas a la vida universitaria, señalaremos que la mayoría de los rectores eran egresados de esas mismas casas de estudio y/o exhibían una importante inserción como profesores e investigadores, siempre del lado ideológico de la derecha conservadora. Acerca de las actitudes de los rectores, estas resultaron heterogéneas y variables en el tiempo, cubriendo un amplio espectro que exhibía, desde la coincidencia plena con las políticas del régimen, hasta el cuestionamiento público de las medidas, dentro del consenso general de que era necesario llevar a cabo una depuración drástica de docentes y estudiantes.