LE PRÉSUPPOSÉ COSMOGONIQUE DE TOUTE RÉVÉLATION

Síntese

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ISSN: 2176-9389
Editor Chefe: Luiz Carlos Sureki
Início Publicação: 31/12/1973
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Filosofia

LE PRÉSUPPOSÉ COSMOGONIQUE DE TOUTE RÉVÉLATION

Ano: 2017 | Volume: 44 | Número: 140
Autores: Paul Clavier
Autor Correspondente: Suporte | [email protected]

Palavras-chave: Révélation. Création. Condition de possibilité. Agent surnaturel / Revelação. Criação. Condição de possibilidade. Agente sobrenatural

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este artigo interroga o estatuto epistêmico de uma proposição revelada. A partir de uma investigação definitória daquilo que constitui uma revelação, mas sem propor um levantamento sistemático das concepções de revelação de diversos autores, tenta-se mostrar que a criação (no sentido de dependência da existência do mundo de um agente sobrenatural geralmente chamado deus) não é uma verdade exclusivamente revelável (revelabile tantum), mas que ela constitui, pelo contrário, um preâmbulo indispensável para qualquer revelação.

De um ponto de vista ontológico, nenhuma revelação é susceptível de acontecer em um mundo incriado. A criação é uma condição necessária da revelação. Epistemicamente, uma revelação não pode ser aceita de maneira justificada senão por quem já admite que o mundo depende, quanto a sua existência e a seu funcionamento, de um agente sobrenatural. A não ser que se admita a intervenção de um poder criador, não se poderia identificar justificadamente uma revelação sobrenatural qualquer que seja. Uma afirmação cosmogônica deve pois servir de preâmbulo a qualquer revelação reconhecida como tal.



Resumo Francês:

Cet article interroge le statut épistémique d’une proposition révélée. A partir d’une recherche définitionnelle de ce qui constitue une révélation, mais sans proposer d’enquête systématique sur les conceptions de la révélation chez divers auteurs, on essaie de montrer que la création (au sens de la dépendance de l’existence du monde à l’égard d’un agent surnaturel généralement nommé dieu) ne saurait être une vérité exclusivement révélable (revelabile tantum), mais qu’elle constitue au contraire un préambule indispensable pour toute révélation.

D’un point de vue ontologique, aucune révélation n’est susceptible de se produire dans un monde incréé. La création est une condition nécessaire de la révélation. Epistémiquement, une révélation ne peut être acceptée de façon justifiée que par qui a déjà admis que le monde dépend, quant à son existence et à son fonctionnement, d’un agent surnaturel. A moins d’admeVre l’intervention d’un pouvoir créateur, on ne saurait être fondé à identifier quelque révélation surnaturelle que ce soit. Une affirmation cosmogonique doit donc servir de préambule à toute révélation reconnue comme telle.