Este artigo discute ações para o combate às fraudes na implementação da política de ações afirmativas com recorte racial na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Para tanto, investiga a partir da aplicação de um questionário aplicado entre os meses de janeiro/fevereiro de 2024, percepções de docentes, discentes e integrantes de movimentos sociais acerca da atuação das comissões de heteroidentificação na atuação e no combate às fraudes. Como também, enfoca no histórico das políticas afirmativas em outras instituições de ensino público do país, abordando a implementação da Lei de Cotas e dos ajustes necessários para a melhoria do processo. A pesquisa evidenciou a diversidade de grupos na UFPE que atuam para que a política pública atinja o público desejado, no caso, o ingresso de negros e negras na universidade. Os quais, formados em sua maioria por discentes, foram os principais responsáveis por denúncias acerca de possíveis fraudes. E buscou problematizar afirmações em torno de pessoas pardas.
This article discusses actions to combat fraud in the implementation of the racially biased affirmative action policy at the Federal University of Pernambuco (UFPE). To that end, it investigates, based on the application of a questionnaire administered between January and February 2024, the perceptions of professors, students, and social-movements members about the role of hetero-identification committees in detecting and combating fraud. It also focuses on the history of affirmative action policies at other public education institutions in the country, addressing the implementation of the Quota Law and the adjustments needed to improve the process. The research highlighted the diversity of groups at UFPE that work to ensure that public policy reaches the desired audience, in this case, the admission of black men and women to the university. These groups, formed mostly by students, were the main responsible for reporting possible fraud. And it sought to problematize statements concerning brown-skinned people.
