Este artigo propõe discutir a atuação de policiais na construção da queixa de violência doméstica de mulheres no cotidiano de uma delegacia de polícia. A partir de observação participante e imersão em uma delegacia, busca-se analisar as novas demandas para a atuação policial. A resposta coercitiva, que sempre marcou o lugar social da polícia brasileira, se vê confrontada, a partir de mecanismos políticos institucionais como a Lei Maria da Penha, a construir uma atuação educativa que flexibilize a lógica masculina própria da instituição. Marcadores de gênero e diferentes performances atravessam o trabalho de um (a) profissional que se vê desafiado (a) a compor novos arranjos subjetivos e saberes da prática que questionem o já consolidado aprendizado advindo da Academia de polícia.
This article aims at discussing the role of police officers in the construction of the complaint of domestic violence of women in the daily life of a police station. Based on participant observation and immersion in a police station, it was sought to analyze the new demands of police action. The coercive response, which has always marked the social place of the Brazilian police, is confronted, based on institutional political mechanisms such as the Maria da Penha Law, to build na educational action that will make the institution’s own male logic more flexible. Gender markers and different performances cross the work of a police force that has been challenged to compose new subjective arrangements and knowledge of the practice that question the already consolidated learning from the Police Academy.
En este artículo se propone discutir el papel de los agentes de la policía en la construcción de denuncias sobre violencia doméstica de las mujeres. Con base en la observación participante y la inserción en el quehacer cotidiano de una estación de policía, buscamos analizar los nuevos desafíos de la acción policial. La respuesta coercitiva, que ha marcado siempre la situación social de la policía brasileña, está siendo confrontada mediante mecanismos políticos institucionales, como la Ley Maria da Penha, con el objetivo de lograr una actuación más educativa que ayude a flexibilizar la lógica masculina de la institución. Factores como marcadores de géneros y diferentes formas de actuación, tanto dos agentes policiales como de las víctimas, afectan el trabajo de la policía; esto conlleva el desafío de buscar nuevos métodos subjetivos y prácticos que se contraponen al aprendizaje consolidado de la academia de policía.