O artigo visar propor um diálogo entre a obra de Dickens e as reflexões de Ricoeur e Freud sobre as representações da temporalidade humana e suas implicações para se pensar o sentido performativo do projeto constituinte de 1988 como processo de aprendizado social. Toma-se como ponto de análise seus personagens literários para se examinar as patologias da memória contidas na relação obsessiva com o passado. A conclusão é de conceber o uso crítico da memória como espaço de experiência e de lição, de responsabilidade e autocorreção como abertura do projeto constituinte, aqui e agora, às vozes recalcadas do passado.
The article aims to propose a dialogue between the work of Dickens and the reflections of Ricoeur and Freud on the representations of human temporality and its implications to think the performative meaning of the 1988 constituent project as a process of social learning. It takes as its point of analysis its literary characters to examine the pathologies of memory contained in the obsessive relationship with the past. The conclusion is to conceive of the critical use of memory as a space of experience and lesson, of responsibility and self-correction as the opening of the constituent project, here and now, to the repressed voices of the past.