Este artigo se propõe a observar um tema caro à historiografia colonialista, a festa, a partir da análise crítica e paleográfica de três manuscritos. Partindo de sua transcrição, discutimos a produção desses documentos, sua inserção em um gênero textual específico – a correspondência administrativa – e seu conteúdo: os meandros das festas públicas na capitania de Pernambuco entre o Seiscentos e o Setecentos. Considerando-se tais festas como espaços privilegiados de demarcação de status e prestígio para a elite açucareira colonial, o artigo discute algumas possibilidades de estudo desse tema oferecidas pelos documentos camarários coloniais.
This paper observes a prestigious thematic in Brazilian colonial historiography, the festivity, through the reading of three manuscripts. It analyses the paleographic elements of these documents, considering their textual gender – the administrative correspondence in the Portuguese Empire –, and the information they provide in regard of the public celebrations in Seventeenth and Eighteenth centuries Pernambuco. The paper observes those celebrations as privileged spaces for status quo definition as well as the analytical possibilities offered by manuscript documentation.