Lesões cervicais de alto grau em adolescentes e fatores clínicos‑epidemiológicos associados

Revista de Medicina da UFC

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ISSN: 24476595
Editor Chefe: Renan Magalhães Montenegro Júnior
Início Publicação: 30/11/2014
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Medicina

Lesões cervicais de alto grau em adolescentes e fatores clínicos‑epidemiológicos associados

Ano: 2023 | Volume: 63 | Número: 1
Autores: Émilie Beviláqua de Carvalho Miranda, Raquel Autran Coelho Peixoto
Autor Correspondente: Émilie Beviláqua de Carvalho Miranda | [email protected]

Palavras-chave: adolescente, neoplasia intraepitelial cervical, teste de papanicolaou

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Objetivo: Avaliar prevalência de lesões cervicais de alto grau em adolescentes em maternidade terciária, bem como fatores clínico-epidemiológicos correlacionados. Métodos: Estudo retrospectivo caso-controle, que avaliou exames citopatológios, colposcópicos e histopatológicos, sexarca e paridade de adolescentes de 10 a 19 anos, no período de 2016 a 2018. Resultados: Foram coletados 2697 exames citopatológicos no período do estudo, das quais apenas 6 corresponderam a lesão intraepitelial escamosa de alto grau (LIEAG) em adolescentes, compondo o grupo de casos. Não houve casos de carcinoma cervical. O grupo controle com 33 pacientes correspondeu às adolescentes com citopatológico normal. A média da sexarca foi de 14,8 e 14,3 anos nos grupos caso e controle, respectivamente. Não houve diferença estatisticamente significativa quando comparadas sexarca (p = 0,464) e paridade (p>0,999). Conclusão: Apesar do rastreio de câncer de colo de útero para adolescentes não ser preconizado pelo Ministério da Saúde, persiste a prática da coleta entre alguns profissionais. A baixa prevalência (0,22%) de lesões cervicais de alto grau em citopatológico nesse grupo foi reafirmada, podendo ser ainda menor quando avaliados resultados histopatológicos. Não houve casos de câncer de colo. Fatores associados, como sexarca e paridade, não foram estatisticamente significativos.