LETRAMENTO DIGITAL COM LENDAS DA AMAZÔNIA COMO INCENTIVO À LEITURA E ESCRITA DE ALUNOS RETIDOS NO 3º ANO EM DUAS ESCOLAS PÚBLICAS DE BELÉM-PA

Cidadania em Ação

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ISSN: 2594-6412
Editor Chefe: Ana Maria Pereira
Início Publicação: 18/05/2007
Periodicidade: Bimestral
Área de Estudo: Multidisciplinar, Área de Estudo: Multidisciplinar

LETRAMENTO DIGITAL COM LENDAS DA AMAZÔNIA COMO INCENTIVO À LEITURA E ESCRITA DE ALUNOS RETIDOS NO 3º ANO EM DUAS ESCOLAS PÚBLICAS DE BELÉM-PA

Ano: 2020 | Volume: 4 | Número: 2
Autores: Elizabeth Cardoso Gerhardt Manfredo, Yasmim Sarmanho, Mannoella Neves
Autor Correspondente: Elizabeth Cardoso Gerhardt Manfredo | [email protected]

Palavras-chave: alfabetização, tecnologias, letramento digital, leitura, escrita

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O uso das tecnologias é meio propício para inserir e envolver o aluno em práticas de leitura e escrita digitais. Diante disso, este relato traz parte das ações do projeto de extensão "Entre lendas e contos: o papel das novas tecnologias no processo de Alfabetização” com objetivo de contribuir para o processo de letramento digital e de lecto-escritura com lendas amazônicas de alunos do 3º ano de escolas públicas de Belém-PA. São aqui relatadas duas oficinas realizadas nos meses de agosto e novembro de 2018, com alunos do 3º ano de duas escolas públicas e sob a condução de licenciandos participantes do projeto. A primeira oficina contou com alunos das escolas A e B, e a segunda, apenas com alunos da escola A. Na oficina 1, os alunos das escolas envolvidas(A e B) participaram da contação da lenda do Curupira. Na sequência, foram orientados a recontar a lenda na forma de quadrinhos, por meio do software “HagáQuê”, produzindo a retextualização; essa dinâmica repetiu-se na oficina 2, na escola A, com a lenda do Boto. Na primeira oficina, notou-se certa destreza dos alunos quanto ao uso do aplicativo, porém com limitações na escrita convencional, na seleção e combinação das letras para digitar palavras e frases, isso mais evidente nos alunos não alfabéticos, embora todos demonstrassem o interesse em ler e escrever ou digitar, atraídos pela novidade tecnológica. Na segunda oficina, realizada como complementação na escola A, observou-se avanços no manuseio digital e melhor desempenho na escrita, comparados ao momento da oficina1, através do software Hagáquê. Conclui-se que o uso de tecnologias digitais, como ferramentas para a alfabetização e letramento dos alunos com dificuldades na leitura e na escrita, mostrou-se estratégia oportuna de enfrentamento dessa realidade desafiadora, assim como de formação do professor que necessita conhecer e saber lidar com esses desafios, em prol de um letramento digital atrelado ao processo de aquisição da leitura e da escrita em contexto social. 



Resumo Inglês:

The use of technologies is a propitious way to insert and involve the student in digital reading and writing practices. Therefore, this report brings part of the actions of the extension project "Between legends  and  tales:  the  role  of  new  technologies  in  the  process  of  Literacy"  with  the  objective  of contributing to  the  process  of  digital  literacy and  reading-writing  with  Amazonian  legends  of  3rd grade students from public schools in Belém-PA. Two workshops are reported here, held in August and November 2018, with 3rd grade students from two public schools and under the leadership of graduates participating in the project. The first workshop had students from schools A and B, and the second, only students from school A. In workshop 1, students from the schools involved (A and B) participated in the telling of the legend of Curupira. In the sequence, they were guided to retell the legend in the form of comics, through the software "HagáQuê", producing the retextualization; this dynamic was repeated in workshop2, in school A, with the legend of Boto. In the first workshop, a  certain  dexterity  of  the  students  was  noticed  regarding  the  use  of  the  application,  but  with limitations  in  conventional  writing,  in  the  selection  and  combination  of  letters  to  type  words  and phrases, it isonly more evident in non-alphabetic students, although they all showed the interest in reading and writing or typing, attracted by the technological novelty. In the second workshop, held as  a  complement  at  school  A,  advances  in  digital  handling  and  better  writing  performance  were observed,  compared  to  the  moment  of  the  workshop1,  through  the  Hagáquê  software.  It  was concluded  that  the  use  of  digital  technologies,  as  tools  for  literacy  and  literacy  of  students  with difficulties in reading and writing, proved to be a timely strategy to face this challenging reality, as well as training the teacher who needs to know and know how to deal with these challenges, in favor of a digital literacy linked to the acquisition process of reading and writing in a social context.



Resumo Espanhol:

La  utilización  de  tecnologías  favorece  la  inserción  y  la  participación  de  los  estudiantes  en  las prácticas  de  lectura  y  escritura  digitales.  El  artículo  aporta  parte  de  las  acciones  del  proyecto  de extensión  "Entre  leyendas  y  cuentos:  el  papel  de  las  nuevas  tecnologías  en  el  proceso  de alfabetización".  El  objetivo  es  contribuir  al  proceso  de  alfabetización  digital  y  lectoescritura  com leyendas de la Amazonia de estudiantes de 3º año de la escuela pública elemental de Belém-PA. En los meses de agosto y noviembre de 2018 se celebraron dos talleres con estudiantes de tercer año de dos  escuelas  públicas  y  bajo  la  orientación  de  los  estudiantes  universitarios  que  participan  en  el proyecto. En el primer taller participaron estudiantes de las escuelas A y B, y en el segundo taller, sólo estudiantes de la escuela A. En el taller 1, los estudiantes de las escuelas involucradas (A y B) participaron en el relato de la leyenda de Curupira, y luego fueron instruidos para volver a contar la leyenda en forma de cómics, utilizando el software "HagáQuê", produciendo la retextualización, esta dinámica se repitió en el taller 2, en la escuela A, con la leyenda de Boto. En el primer taller se notó cierta destreza de los alumnos en el uso de la aplicación, pero presentaron limitaciones en la escritura convencional, en la selección y combinación de letras para escribir palabras y frases; esto fue algo más notorio en los alumnos no alfabéticos, aunque todos mostraron interés en la lectura y escritura o en la mecanografía, atraídos por la novedad tecnológica. En el segundo taller, llevado a cabo para tener complemento a la escuela A, se observaron avances en el manejo digital y un mejor desempeño en  la  escritura,  en  comparación con  el  momento  del  taller1,  a  través  del  software  Hagáquê.  Se concluye  que  el  uso  de  las  tecnologías  digitales  como  herramientas  para  la  alfabetización  en  la sociedad  de  los  estudiantes  con  dificultades  en  la  lectura  y  la  escritura  resultó  ser  una  estrategia oportuna para enfrentar esta desafiante realidad, así como para la capacitación de los profesores que necesitan saber cómo enfrentar estos desafíos para alcanzar la alfabetización digital cerca del proceso de adquisición de la lectoescritura en la sociedad.