Concebendo-se a inserção social do sujeito como condição sine qua non para o exercÃcio de sua cidadania, propomos no presente artigo a discussão de polÃticas públicas linguÃsticas que garantam formação integral para além do mercado capitalista, que o determina como mero reprodutor. A proposição de projetos linguÃstico-culturais deve implicar esse ator social como agente transformador do contexto que o circunda, gerando reflexões e ações que inovem o pensamento contemporâneo em termos de produção. Dadas as atuais circunstâncias em que se discute a validade das licenciaturas, a temática relativa ao desenvolvimento dos estudos superiores, particularmente nas Letras e mais especificamente nas LÃnguas Estrangeiras - LE, em que o senso de criação da linguagem foi postergado em detrimento do imediatismo aplicacionista, é urgente rever a formação universitária no Brasil. Considerando a gravidade em banalizar preceitos primários da constituição do sujeito inserido historicamente em sua produção discursiva, o presente artigo busca articular os pilares cientÃficos: formação, pesquisa e extensão em sua relação com a sociedade civil, uma vez que o conhecimento, como elemento libertador, deveria ser direito de todos. Preconizando, portanto, o acesso linguÃstico através do letramento crÃtico em LE, discorreremos sobre o programa federal Idiomas sem Fronteiras – IsF, o Francês sem Fronteiras – FsF e sua interface com o convênio bilateral BRAFITEC, além do fomento a projetos de pesquisa na área das linguagens. Serão analisadas as reverberações da formação especÃfica do francês – FOS e da formação universitária – FOU na preparação de futuros intercambistas à luz de teóricos como Mangiante & Parpette (2012). Os resultados levam a compreender a pertinência na proposição de metodologias contextualizadas para formação e pesquisa universitárias no Brasil