A utilização de plantas não se faz apenas para ornamentação, mas também para fins alimentícios e principalmente para fins medicinais. A única distinção entre plantas medicinais e tóxicas está nos efeitos causados no organismo dos seres vivos que as utilizam, sendo ocasionadas pelos seus princípios ativos. O presente trabalho objetivou realizar um levantamento bibliográfico sobre o caráter tóxico presente em espécies tidas como medicinais, a fim de demonstrar a presença de substâncias tóxicas que utilizadas de forma indiscriminada podem apresentar risco. A metodologia consistiu na seleção de material bibliográfico contendo artigos, livros e revistas, voltados para a toxicidade das espécies medicinais da região nordeste do Brasil. O levantamento bibliográfico resultou em 50 espécies com uso medicinal as quais apresentam caráter tóxico frente a diferentes seres vivos. Tais espécies encontram-se dispostas em 25 famílias botânicas. As mais representativas foram Asteraceae (12%) e Fabaceae (12%). Dentre as espécies relatadas 15 destacaram-se por apresentar um maior risco de toxicidade para a população.