Levantamento da fauna silvestre atropelada na BR 290 (km 210 a 214), município de Pantano Grande, RS, Brasil

Caderno de Pesquisa

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Telefone: (51) 3717-7529
ISSN: 1677-5600
Editor Chefe: Andreas Köhler
Início Publicação: 31/12/2000
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Agronomia, Área de Estudo: Biologia geral, Área de Estudo: Bioquímica, Área de Estudo: Botânica, Área de Estudo: Ecologia, Área de Estudo: Zoologia, Área de Estudo: Zootecnia

Levantamento da fauna silvestre atropelada na BR 290 (km 210 a 214), município de Pantano Grande, RS, Brasil

Ano: 2016 | Volume: 28 | Número: 1
Autores: L. Steil, A. Düpont, E. A. Lobo
Autor Correspondente: L. Steil | [email protected]

Palavras-chave: fauna atropelada, BR 290, RS, biodiversidade

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A construção de rodovias é um dos fatores que contribui para a fragmentação original do habitat da fauna silvestre causando uma barreira ao fluxo gênico de espécies. Desta forma, o monitoramento da fauna atropelada nas estradas se tornou uma ferramenta importante para determinar a perda da biodiversidade faunística, revelando aspectos da forma de deslocamento e dinâmica sazonal de populações de algumas espécies. Neste contexto, o objetivo do estudo foi monitorar os atropelamentos da fauna silvestre na BR 290, entre os Km 210 a 214, município de Pântano Grande, RS. O inventário de campo foi realizado durante o período de 1 ano, entre dezembro de 2013 a dezembro de 2014, percorrendo a rodovia através de caminhadas uma vez ao dia geralmente pela manhã. O critério utilizado foi contabilizar todos os animais vertebrados que estavam atropelados por veículos automotores que trafegaram na rodovia. As espécies foram identificadas no local pela morfologia externa, sendo as ocorrências documentadas utilizando câmera fotográfica. Os resultados indicaram que a classe melhor representada foi o grupo das Aves com 46,5%, seguido da classe Mammalia com 24,1%, Reptilia com 23,2% e Amphibia com 6,1%. Dentre a fauna ameaçada de extinção, registrou-se a espécie Tamandua tetradactyla (tamanduá-mirim), que se encontra na categoria vulnerável para o Estado do Rio Grande do Sul. Através do inventário dos animais silvestres atropelados, foi verificada uma perda da biodiversidade relacionada à fauna local, com 228 animais mortos durante o período da pesquisa. Neste sentido, visando à preservação da diversidade biológica, e consequente banco genético animal, torna-se necessário à adoção de medidas mitigatórias para conter este impacto à fauna local.



Resumo Inglês:

The road construction is one of the factors that contribute to the original wildlife habitat fragmentation, causing a barrier to the species gene flow. In this way, the monitoring of the wildlife smashed on roads turned an important tool to determine the wildlife biodiversity loss, revealing aspect of the motion strategy and seasonal population dynamics of some species. In this context, the aim of this survey was to monitor the wildlife smashed on BR 290 (Km 210 and 214), Pantano Grande municipality, RS, Brazil. The survey was made during a period of one year, between December 2013 and December 2014, travelling over the road through walks once a day generally in the morning. The criterion used was to count all the vertebrate animals that were smashed by motor vehicles traffic on the road. The species were identified in situ by their external morphology, and the occurrences were registered using a photographic camera. The results indicate that the better represented Class was the bird group with 46,5%, following by the mammals Class with 24,1%, reptiles with 23,2%, and anuran with 6,1%. Among the wildlife threatened to extinction, it was registered the species Tamandua tetradactyla (tamanduá-mirim), including in the category “vulnerable” for the State of Rio Grande do Sul. Through the survey of the wildlife smashed, it was verified a loss of biodiversity related to local fauna, with 228 animals deaths during the research period. In this sense, aiming the biological diversity preservation, and consequently the animal gene bank, it’s necessary to adopt compensatory measures to retain the wildlife local impact.