Os acidentes com animais peçonhentos, mesmo em áreas urbanizadas, são considerados um
problema de Saúde Pública no Brasil e em muitas partes do mundo. Hoje se registram acidentes por escorpião,
aranha, abelha, peixe de água doce, lagartas (mais recentemente) e por picada de cobra, considerado o acidente
mais frequente. Com base em dados cedidos pelo SINAN (Sistema de Informação de Agravos e Notificação) foi
realizado um inquérito epidemiológico sobre os acidentes por animais peçonhentos entre os anos de 2000 a 2008.
Foi verificado que dos 147 casos registrados, 81 (55,1%) foram agressão por serpentes e 34 (23,1%) por
escorpião, ocorrendo um maior acometimento no sexo masculino com faixa etária entre 10 a 34 anos, e
residentes em zona urbana (52,4%). O principal local da picada foi no membro inferior (pé) com 36,7% dos
atendimentos, onde 57,8% dos casos foram considerados como agressão leve, 20,4% moderados e 2,0% graves.
A evolução apresentou-se favorável, com 83,7% (n=123) de cura e apenas 0,6%(n=1) apresentando seqüela após
o atendimento. Embora o atendimento após agressões por animais peçonhentos tenha se elevado, muitas pessoas
não procuram ajuda, por não terem o conhecimento adequado, tornando assim os casos sub-notificados.
Accidents with venomous animals, even in urban areas, are considered a public health problem in
Brazil and in many parts of the world. It has been reported accidents with scorpion, spider, bee, fresh water fish,
caterpillars (more recently) and snakebite, the last considered the most frequent accident. Based on data provided
by SINAN (Information System Diseases and Notification) it was performed a survey on occupational accidents
by venomous animals from the year of 2000 to 2008. It was found that from 147 registered cases, 81 (55.10%)
were attacks by snakes and 34 (23.13%) by scorpions, with a greater involvement in men aged between 10 to 34
years and residing in urban area (52.4%). The main site of the bite was in the lower limb (foot) with 36.7% of
appointments, 57.8% of cases were considered mild aggression, 20.4% moderate and 2.0% severe. The clinical
evolution presented favorable, with 83.7% (n = 123) of cure and only 0.6% (n = 1) presented sequels after
treatment. Although appointments after attacks by venomous animals have been increased, many people do not
seek help because of the absence of appropriate knowledge, resulting in sub-notification.