Este artigo tem como objetivo apresentar a postura crítica de Emmanuel Levinas frente à tradição filosófica do Ocidente. No diálogo com a tradição, Levinas apresenta suas críticas à filosofia que elegeu o Ser como discurso, e sua crítica é à filosofia que nasceu e cresceu no Ocidente sob a forma de ontologia. Esta não é descartada, contudo Levinas argumenta sobre seu primado. Para ele a filosofia primeira não é a ontologia e sim a Ética. Para tanto, Levinas estabelece o diálogo também com filósofos contemporâneos como Husserl e Heidegger, pensadores fundamentais para Levinas. A crítica a ontologia não só permite pensar um outro caminho para a filosofia ocidental como também uma abertura para o surgimento de relações éticas onde o outro seja visto em sua alteridade radical.