Nesse artigo serão examinadas as implicações mútuas
entre a centralidade da vida biológica na compreensão moderna da
polÃtica e a progressiva imbricação entre economia e polÃtica. Para
tanto, investigaremos preliminarmente a paradoxal relação entre
liberalismo e declÃnio da polÃtica compreendida como espaço da
liberdade, assumindo como ponto de partida o estreito vÃnculo entre
ação e liberdade, na obra de Arendt, em contraste com sua própria
caracterização da modernidade e a caracterização do homo
oeconomicus na obra de Michel Foucault.