O seguinte artigo propõe uma reflexão acerca da liberdade a partir dos pressupostos filosóficos de Luc Ferry, enfatizando, sobremaneira os aspectos práticos dessa mesma liberdade ao convocar o homem à compaixão. Nesse sentido, a liberdade acaba por se tornar o fundamento de um humanismo ateu que reconhece a transcendência humana no lugar do Deus cristão; a perfectibilidade do homem, expressa em sua capacidade de fugir a todo determinismo, e consequentemente o surgimento do homem-Deus como a figuração da centralidade do homem no processo de secularização e da atitude ética. Assim, a liberdade se torna a garantia do aperfeiçoamento espiritual do homem, compreendendo aqui a espiritualidade como a capacidade do homem de negar a si mesmo em favor do outro pelo amor.
The following article proposes a reflection about freedom from the philosophical presuppositions of Luc Ferry, greatly emphasizing the practical aspects of that freedom when calling men to compassion. In this sense, freedom ultimately becomes the foundation for an atheistic humanism that recognizes the human transcendence in place of the Christian God; the perfectibility of man, expressed in his ability to escape all determinism, and consequently the emergence of the man-God as the image of the centrality of man in the process of secularization and ethical attitude. Thus, freedom becomes the guarantee of the spiritual growth of man, understanding here spirituality as a man's ability to deny himself in favor of someone else for love.