Liberdade e natureza (in)humana (Zizek versus Habermas)

Natureza Humana Revista Internacional de Filosofia e Psicanálise

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ISSN: 2175-2834
Editor Chefe: Zeljko Loparic
Início Publicação: 31/05/2015
Periodicidade: Anual
Área de Estudo: Filosofia

Liberdade e natureza (in)humana (Zizek versus Habermas)

Ano: 2015 | Volume: 17 | Número: 2
Autores: Fernando Facó de Assis Fonseca
Autor Correspondente: F.F. de A. Fonseca | [email protected]

Palavras-chave: liberdade; natureza humana; natureza inumana; biogenética; modernidade

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O presente trabalho tem como objetivo problematizar a relação entre o princípio de
liberdade e a ideia de natureza humana. Defendemos a tese de que o verdadeiro conceito de
liberdade só pode ser pensado além dos limites (naturalmente) estabelecidos pela espécie humana.
Logo, liberdade tem a ver com o domínio do inumano, não com o do humano. Desse modo,
convém contrapor duas perspectivas contemporâneas que divergem radicalmente sobre o conceito
de modernidade: a pragmática formal de Jürgen Habermas e o materialismo dialético de Slavoj
Zizek. Tomamos como fio condutor, portanto, a polêmica sobre o tema da biogenética, e, a partir
daí, procuramos demonstrar como a concepção de modernidade para Zizek – apoiado
principalmente em Hegel e Lacan – revela-se ainda mais radical do que o projeto de uma
modernidade inacabada de Habermas.



Resumo Inglês:

This paper aims to discuss the relationship between the principle of freedom and the
idea of human nature. We seek to argue that the very concept of freedom can only be thought
beyond the limits of course set by the human species. I.e. freedom has to do with the domain of
the inhumane, not of the human. Therefore, it is essential to oppose two contemporary
perspectives that differ radically about the concept of modernity: the Habermas’ formal
pragmatics and Slavoj Zizek’s dialectical materialism. We must take, therefore, as a guide the
controversy on the subject of biogenetic, and, from there, to demonstrate how the concept of
modernity to Zizek proves to be even more radical than the Habermas’ project of modernity
unfinished.