Este trabalho debate o brincar livre como um caminho didático a alicerçar a relação entre adultosde referência e crianças, a partir da concepção de uma criança potente e capaz de construir saberes de forma autônoma e independente. Apesquisa relatada tem cunho etnográfico (ANDRÉ, 1995) e os dados para análise foram coletados através de observações, filmagem e diário de campo até a produção de uma análise microgenética realizada dentro do espaço físico escolar.Busca-sedesmistificar a polaridade entre atividade lúdica e sistemática fazendo-nos olhar para os processos de integração das culturas lúdica(BROUGÈRE,2003), infantil e educativa (GÓES &SMOLKA, 1997; WAJSKOP, 2001).Do mesmo modo, pressupõe-seque os elementos que distinguem as atividades lúdicas das sistematizadas podem ser revelados através do grau de iniciativa e protagonismo das crianças ao realizá-las. Entende-se que o brincar parece mais livre que uma atividade sistemática, por possuirpolissemia aberta.Curiosamente, a análise de algumas situações gravadas mostrou-nosque,quando é resguardada à criança a liberdade de escolher o processo de realização dessas atividades, a atividade sistemática também ofereceabertura polissêmicatanto quanto asatividades lúdicas.
This task discusses free play as a didactic way to support the relationship between reference adults and children, from the conception of a powerful child capable of building knowledge in an autonomous and independent way. The research reported has an ethnographic nature (ANDRÉ, 1995) and the data for analysis were collected through observations, filming and a field diary until the production of a microgenetic analysis carried out within the school’s physical space. The goal is to demystify the polarity between playful and systematic activity, making us look at the integration processes of playful’s culture (BROUGÈRE, 2003), children's and educational (GÓES and SMOLKA, 1997; WAJSKOP, 2001).Likewise, it is assumed that the elements that distinguish playful activities from systematized ones can be revealed through the children's degree of initiative and protagonism when performing them.It is understood that playingseems more free than a systematic activity, as it has open polysemy. Interestingly, the analysis of some recorded situations showed us that, when the child is free to choose the process of carrying out these activities, the systematic activity also offerspolysemic opening as much as recreational activities.
Este artículo debate el juego libre como un camino didáctico para basar la relación entre adultos de referencia y los niños, a partir de laconcepción de un niño potente y capaz de construir conocimientos de manera autónoma e independiente. La investigación aquí relatada posee un abordaje etnográfico (ANDRÉ, 1995) y los datos para el análisis fueron colectadosa través de observaciones, grabacionesy un diario de campo, hasta la producción de un análisis microgenético realizado dentro del espacio físico de la escuela. Se busca desmitificar la polaridad entre la actividad lúdica y la actividad sistemática, haciéndonos observar los procesos de integración de las culturas: lúdica (BROUGÈRE,2003), infantil y educativa (GÓES y SMOLKA, 1997; WAJSKOP, 2001). Del mismo modo, se presupone que los elementos que distinguen las actividades lúdicas de las sistemáticas pueden ser revelados a través del gradode iniciativa y de protagonismo de los niños al realizar las actividades. Se entiende que el juego parece más libre que una actividad sistemática, debido poseer una polisemia abierta. Curiosamente, el análisis de algunas situaciones gravadas nos ha revelado que, cuando es garantizado al niño la libertad de elegirel proceso de realización de esas actividades, la actividad sistemática también ofrece la abertura polisémica en la misma medida que las actividades lúdicas.