LIBERTE D’EXPRESSION ET DEMOCRATIE DANS L’HERMENEUTIQUE DES COURS CONSTITUTIONNELLES DU MERCOSUR: UNE ANALYSE JURISPRUDENTIELLE COMPAREE

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ISSN: 24469319
Editor Chefe: Jaime Barreiros Neto e Marta Cristina Jesus Santiago
Início Publicação: 24/09/2015
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências Humanas

LIBERTE D’EXPRESSION ET DEMOCRATIE DANS L’HERMENEUTIQUE DES COURS CONSTITUTIONNELLES DU MERCOSUR: UNE ANALYSE JURISPRUDENTIELLE COMPAREE

Ano: 2018 | Volume: 0 | Número: 5
Autores: Luis Claudio Coni
Autor Correspondente: Luis Claudio Coni | [email protected]

Palavras-chave: Liberté d’expression, Démocratie, Jurisprudence, Identité constitutionnelle, Mercosur

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Todas as ordens constitucionais dos Estados membros do Mercosul prevêm em suas Constituições nacionais o direito à liberdade de expressão. Isto por si só revela uma identidade em torno do direito à livre manifestação do pensamento. Todas as interpretações reconhecem a correlação entre a liberdade de expressão e a democracia como fundamento essencial da sociedade democrática. Essa liberdade de caráter arquitetônico subordina-se à preservação da dignidade da pessoa humana. Os tribunais constitucionais reconhecem uma dimensão axiológica da liberdade de expressão representada pela coabitação dos opostos. Eles também estabelecem uma correlação entre liberdade de expressão e liberdade de imprensa. A jurisprudência reconhece um tipo de mitigação dos direitos da personalidade em relação à liberdade de expressão quando exercida em face de funcionários públicos e agentes políticos. Isso decorre de um permanente direito de vigilância conferido aos cidadãos em relação a funcionários públicos e aos políticos em geral. O Parlamento, por outro lado, goza de total liberdade de expressão quando ligada ao exercício do mandato. A identidade constitucional mercosuliana no que diz respeito à liberdade de expressão revela também uma polissemia à própria noção de liberdade de expressão. Isso porque todos os Tribunais têm uma interpretação constitucional que coloca a liberdade de expressão em relação com outros direitos e princípios. Este é particularmente o caso quanto à liberdade de associação, ao direito de reunião, à liberdade acadêmica e ao direito à não-discriminação.



Resumo Inglês:

All the constitutional orders of Mercosur Member States provide in their national Constitutions the right to freedom of expression. This in itself shows an identity around the right to the free manifestation of thought. All interpretations link freedom of expression and democracy as an essential foundation of democratic society. This architectonic character for the right to freedom of expression is subordinated to the preservation of the dignity of the human person. Constitutional courts recognize an axiological dimension of the right to freedom of expression as it represents the cohabitation of opposites. They also establish a correlation between the right to freedom of expression and to the freedom of the press. Case law precedents recognize a sort of mitigation of personality rights with regard to the freedom of expression when this right is exercised vis-à-vis public officials and political agents. This stems from a permanent right of vigilance conferred on citizens against civil servants and politicians. Parliament, on the other hand, enjoys full freedom of expression when it is linked to the exercise of the mandate. The constitutional mercosulean identity relating to the right to freedom of expression displays a polysemy of the notion of freedom of expression. This is because all Courts have a constitutional interpretation that places freedom of expression in relation to other rights and principles. This is particularly the case for freedom of association, the right to assembly, academic freedom and the right to non-discrimination.



Resumo Francês:

L’ensemble des ordres constitutionnels des États-membres du Mercosur prévoit dans leurs Constitutions nationales le droit à la liberté d’expression. Cela en soi-même relève d’une identité autour du droit à la libre manifestation de la pensée. L’ensemble des interprétations établit un lien entre la liberté d’expression et la démocratie, comme un fondement essentiel de la société démocratique. Cette liberté à caractère architéctonique pour le droit est subordonnée à la preservation de la dignité de la personne humaine. Les juridictions constitutionnelles reconnaissent une dimension axiologique de la liberté d’expression représentée par la cohabitation des contraires. Elles établissent aussi une corrélation entre la liberté d’expression et la liberté de presse. La jurisprudence reconnaît une sorte de mitigation des droits de la personnalité en ce qui concerne la liberté d’expression exercée vis-à-vis des agents publics et des agents politiques. Ce fait découle d’un droit de vigilance en permanence conféré aux citoyens face aux fonctionnaires et aux politiciens. Pour sa part, le Parlementaire jouit d’une liberté d’expression en totale ampleur quand elle est liée à l’exercice du mandat. L’identité constitutionnelle mercosulienne relative à la liberté d’expression relève aussi d’une polysémie de la liberté d’expression. ll s’agit du fait que toutes les Cours procèdent à une interprétation constitutionnelle qui met la liberté d’expression en rapport avec d’autres droits et principes. C’est notamment le cas pour la liberté d’association, le droit de réunion, la liberté académique et le droit à la non-discrimination.