Este artigo examina a descrição da crise econômica no The New York Times por meio de
artigos publicados entre os anos 2008 e 2009. Neles, a crise, como evento, é descrita em três dimensões.
A primeira, descreve a crise como um movimento ou um desenvolvimento de uma extensão internacional
e mundial (dimensão espacial). A segunda é, realmente, metafórica, pois descreve a crise como uma força
natural. Já a terceira é a descrição da crise como uma, mais ou menos, "crise global". Nesse sentido, nossa
pergunta é: "Como a crise é descrita como um evento central, se não há nenhum objeto para se referir de
maneira concreta, mas apenas um conceito que se expressa semanticamente, que denota uma entidade
não-material e não-perceptÃvel descrita como crises?" Tomando os exemplos do The New York Times, vamos demonstrar que a falta de um objeto concreto não altera a linguagem do jornalismo, exceto quando
(para o idioma notÃcias é incomum) quando a produção metafórica dela participa. A atividade do objeto,
representado pelo substantivo, é o agente de atividades, mesmo que os processos sejam altamente
abstratos. Em um metanÃvel, a linguagem torna-se, no noticiário de uma rede, alegórica com a crise objeto
metaforizado como o agente de movimento em um ambiente intertextual de textos que usam a expressão.
This article examines the description of economic crisis in The New Yort Times with
examples of articles that appeared in the years 2008 and 2009. There are three dimensions the crisis as an
event is described; one of them is the description of crisis as a movement or a development of
international and global extension (spacial dimension). The second is the metaphorical one actually
describing the crisis as a natural force. The third one is the description of the crisis as a more or less
'global crisis'. Our question is "How is the crisis as medial event described, if there is no concrete
reference object to refer to, but just a, semantically expressed, concept denoting a non-material and nonperceptible
entity described as crises?" Taking the examples from The New York Times we will
demonstrate that such a lack of a concrete object does not alter the language of journalism, except that a
(for the news language uncommon) metaphoric production takes part. The activity of the object
represented by the noun is the agent of activities, even though the processes are highly abstract. On a
meta-level, the language in the news becomes an allegorical network with the metaphorized object crisis
as the agent of movement in an intertextual setting of texts using the expression.