O preconceito e a discriminação relacionados às pessoas vivendo com HIV/aids, ainda
presentes nos dias atuais, tendem a ser acentuados com o advento da lipodistrofia, que pode
revelar involuntariamente a condição de soropositividade. Trata-se de artigo de revisão crÃtica de
material bibliográfico, com análise embasada em preceitos da bioética de intervenção, enfatizando
as situações persistentes. Acredita-se que o debate bioético sobre os valores e as moralidades que
permeiam as questões estigmatizantes da aids poderia auxiliar na visibilidade do problema,
repercutindo positivamente na redução das vulnerabilidades que atingem as pessoas soropositivas
portadoras de lipodistrofia. Conclui-se que a precariedade e a ineficácia da resposta pública para
a resolubilidade da questão poderão redundar em infração ao direito à equidade.