Este texto propõe analisar alguns aspectos polÃticos do romance angolano. Como material de reflexão utilizou-se a obra O planalto e a estepe (2009) de Pepetela, por fornecer elementos substanciais para demonstrar as incoerências do socialismo em Angola. A partir de um trajeto internacional de educação polÃtica, as crÃticas ao modelo soviético transformam-se numa constante neste romance. Como fundamentação teórica foram selecionados os trabalhos de Rita Chaves sobre a formação do romance angolano, e Abdala Junior para a discussão dos elementos polÃticos da literatura africana em lÃngua portuguesa a fim de destacar as marcas de rupturas culturais em que se estabelecem a escrita literária engajada.