Literatura intempestiva: crise de seu ensino

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ISSN: 1980-1858
Editor Chefe: Kelcilene Grácia-Rodrigues
Início Publicação: 01/08/2005
Periodicidade: Trimestral

Literatura intempestiva: crise de seu ensino

Ano: 2012 | Volume: 8 | Número: 15
Autores: Luís Heleno Montoril del Castilo
Autor Correspondente: L. H. M. del Castilo | [email protected]

Palavras-chave: literatura, crise, intempestividade, ensino

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O presente artigo trata da crise da literatura no contexto atual. Tem como principal objetivo pensar a literatura a partir de um recorte filosófico específico, qual seja o da natureza e função intempestiva da literatura em confronto com o contexto de crise atual. Faz isso tomando como ponto de partida e principal plano diretor o pensamento sobre intempestividade no filósofo Nietzsche constante da obra Segunda Consideração Intempestiva, com acréscimos e considerações oriundas da filosofia e da teoria da literatura pertinentes ao assunto. Levanta como tese que o que está em crise é a literatura como instância discursiva e meio privilegiado da sociedade letrada, hoje circunscrito às escolas, às universidades e aos círculos acadêmico-científicos. Não obstante, a literatura tem o poder vicário capaz ainda de ―mimetizar-se‖ e ―mimetizar a forma do outro‖, levando a concluir que é necessário ensinar a ler essa literatura.



Resumo Inglês:

The paper deals with the crisis of literature in the current context. The objective is to think literature from a specific philosophical clipping in which the untimely nature and function of literature is confronted with the context of the current crisis. It does that by taking as a starting point and primary masterplan thinking about untimely in Nietzsche's work constantly Second Consideration Untimely, with additions and relevant considerations coming from the philosophy and theory of literature concerning the subject. It defends the thesis that what is in crisis is the literature as a privileged instance of discursive and literate society, now confined to schools, universities and academic and scientific circles. Nevertheless, the literature has the vicarious power to mimic itself and to mimic the shape of the other, making the conclusion that it is necessary to teach to read this literature.